quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Do Museu à Balada - Música: Marillion

Oi, pessoas supimpas!

Nunca gostei das coisas mais badaladas, da moda, mais comentadas do momento, sempre preferi aquelas mais undergrounds, esquecidas, nem tão idolatradas assim. Não sei porque, mas sou assim, principalmente com relação à música.

A banda que eu mais gosto, muita gente ainda não ouviu falar. E olha que é bem antiga, pois tem trinta e quatro anos de estrada. Me refiro à banda de rock progressivo Marillion. Uns nunca ouviram, outros já ouviram falar, outros já ouviram algo deles, mas fã de carteirinha mesmo como eu é difícil. Nós, fãs do Marillion, somos muitos, mas não a ponto de encher um estádio em dois dias de show só da banda.

Marillion

O Marillion não é uma banda de “oba oba” com refrõezinhos para o povo cantar junto, balançando os braços e fazendo coisas como coraçõezinhos. Como todo rock progressivo – apesar do Marillion puxar um pouco também para o pop, fato que faz com que o estilo da banda seja também chamado de pop-progressivo – é música para se ouvir e viajar no som e nas letras.

Poucas bandas continuam dando certo após um vocalista de destaque sair e dar lugar a outro totalmente diferente. O Fish tinha um estilo próprio e, apesar de Steve Hogarth também ter o seu estilo, um é bem diferente do outro. É difícil dizer qual é o melhor. Vejo as duas fases do Marillion, cada uma com seus vocais, como se fossem duas bandas diferentes e uma tão boa quanto à outra.

Marillion

Infelizmente, não tive oportunidade de ver o Marillion ao vivo com o Fish, pois quando vieram ao Brasil pela primeira vez já era com o Steve Hogarth nos vocais, mas tive o prazer de assistir ao Fish com sua banda ao vivo cantando as músicas do álbum Misplaced Childhood, no aniversário de vinte anos deste álbum. Gostei tanto de um quanto de outro.

A princípio, a banda se chamava Silmarillion, mas devido à não permissão de uso deste nome por parte da família Tolkien, mudaram para Marillion. Tinha como integrantes Fish, nos vocais, Steve Rothery nas guitarras, Pete Trewavas no baixo, Mark Kelly nos teclados e Mick Pointer na bateria. Mick Pointer deixa a banda logo no início e dá lugar a Ian Mosley. No começo, o estilo da banda lembrava muito o Genesis, a voz do Fish se parece muito com a do Peter Gabriel. Eu mesmo já cheguei a confundir os dois. Quando entra Steve Hogarth nos vocais, a banda começa a mudar seu estilo, e a cada álbum vai ficando diferente. Na época muitos torceram o nariz com a mudança, mas hoje vejo que, apesar das mudanças, o Marillion continua conquistando o mesmo público que tinha na era do Fish.

Marillion

O álbum mais famoso e considerado o melhor por muitos é o Misplaced Childhood (1985). Particularmente, gosto também do Clutching at Straws (1987). Foram os dois últimos álbuns de estúdio da era Fish. Após este álbum, lançaram o ao vivo The Thieving Magpie (1988) e então Fish saiu. Após a entrada de Hogarth, as músicas foram tendo um ar mais pop, mas nunca deixando o som progressivo. Os membros mesmo diziam que era preciso acompanhar as tendências, e apesar disso nunca deixaram suas raízes progressivas. Álbuns como Brave (1994) e Marbles (2004) mostram bem esta característica progressiva que a banda ainda carrega.

Marillion

Como não é uma banda que atrai muitos fãs, dificilmente eles aparecem por aqui no Brasil, como essas bandas de festivais que vêm todo ano. Desde a primeira vez que vieram na segunda edição do Hollywood Rock em 1990, durante a turnê do álbum Seasons End, vieram mais três vezes, na turnê dos álbuns Holidays in Eden (1991), This Strange Engine (1997) e Sounds That Can't be Made (2012).


Segundo rumores, prometem voltar em maio de 2014 e eu já estou na fila!

Assistam aos vídeos das músicas Keyleigh e Neverland.

Informações:

Marillion no Brasil:


Abraços do MM!

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